Duas atitudes básicas expressam
que estamos mudando significativamente: 
1- Viver em permanente processo de
aprendizagem, antenado, ligado, atento ao que acontece, curioso, relacionando
cada informação isolada a um contexto maior, onde ela cobre um novo sentido. 
2- Conseguir uma boa integração
pessoal em todos os níveis da vida, integração que se expressa em um estado
predominante de paz, de entusiasmo pela vida e pelo trabalho, em um bom
gerenciamento das nossas idéias, emoções e atividades. 
Mudar dentro das nossas
possibilidades atuais
É importante agir no nosso ritmo,
no ritmo que nos é possível neste momento. Procuraremos estar atentos para
aumentá-lo, para decidir, para agir, sem forçar as decisões, aceitando as idas
e voltas, as hesitações que aparecem, tentando enfrentá-las e superá-las uma a
uma.
Vale a pena começar sempre pelo
mais próximo, pelo mais fácil, pelo possível. As práticas na direção
libertadora irão facilitando as etapas posteriores. Não vamos pensar em quão
comprido vai ser o caminho. Podemos começar a a andar “step by step”, passo a
passo, até onde hoje nos seja possível. 
É importante buscar pontos de
apoio. Procurar grupos que estejam em processos afins. Buscar pessoas em que
possamos confiar, que não nos julguem negativamente, que não nos invejem.
Podemos também interagir com profissionais da comunicação e da saúde,
profissionais que nos ajudem a perceber-nos melhor, a desvendar nossos
processos mentais e emocionais. Cada um de nós tem suas crenças, suas formas de
expressar sua religiosidade. Se elas nos ajudam, se nos ajudam a perceber mais,
a ter mais paz, a comunicar-nos mais com os outros podem ser-nos muitos úteis.
O nosso foco não pode permanecer
só no individual, mas estar também direcionado ao comunitário, aos grupos
importantes em que participamos. Quanto mais possamos inserir-nos em espaços de
ação comunitária, mais cresceremos, aprenderemos, viveremos. Dentro desta
perspectiva de integração pessoal e comunitária, encontraremos nas tecnologias
parcerias permanentes e criativas para expandir permanentemente nossas inúmeras
possibilidades de informação, de comunicação e de ação. 
Tomar decisões é fundamental para
evoluir, para mudar. Decidir nos assusta. Todas as escolhas implicam em riscos,
ganhos e perdas. Nada nos garante que não cometeremos outros erros, que iremos
acertar sempre. É importante fortalecer nossa autoestima, continuar dando-nos
valor, apoio, incentivo. Se estamos num processo honesto de mudança,
encontraremos o melhor momento e a melhor forma de decidir e de agir.
Decidiremos mudar, ao estar
convencidos de que uma das opções é melhor que as outras e procuraremos
fortalecer-nos nessa decisão, levando-a adiante, se não houver graves
sinalizações em contrário no caminho. Quem não decide, não percebe o valor da
nova escolha, porque fica de olho também no que vai perder e se apega a
roteiros já conhecidos. Alguns querem mudar, sabem que têm que mudar, mas não
sabem o que pôr no lugar. Sentem-se tão machucados com perdas passadas, que
permanecem paralisados com o receio apavorante de acumular mais uma derrota.
Cada um precisa de tempos
diferentes para decidir, para perceber claramente. É um processo que não se
deve apressar ou forçar de fora, mesmo que pareça evidente a solução. Podemos
informá-lo, dar-lhe nossos parâmetros, nosso apoio, mas não induzi-lo a decidir.
Ele saberá quando é o momento dele. E se não souber, continuaremos apoiando-o,
até onde nos for possível e ele precisar.
Ainda não é tarde para aprender a
viver, a integrar todas as dimensões da nossa vida: as pessoais, as sociais e
as tecnológicas. Vamos estar atentos ao bom gerenciamento das nossas pessoas:
do emocional e intelectual, do passado e do presente. Integrar também a nossa
inserção mais participativa, engajada em grupos e comunidades. Integrar também
todas as tecnologias como potencializadoras da nossa ação pessoal e
comunitária. Ampliar a nossa comunicação em quantidade e qualidade, caminhando
na direção de maior confiança, abertura, compreensão e autenticidade. Vamos
aprender a expandir os nossos círculos de interação, a ampliar nossas redes de
comunicação, a torná-las mais participativas, de maior qualidade. Vale a pena
ampliar a nossa ação comunicativa pessoal, interpessoal e comunitária: a nossa
vida e a de muitas pessoas se transformarão de forma contínua e extremamente
enriquecedora.


Nenhum comentário:
Postar um comentário